Sistema Energético
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A primeira fator que vamos observar nesse estudo para montar um treinamento para um esporte de combate será o sistema energético mais utilizado. Para isso vamos fazer uma pequena revisão abordando alguns conceitos básicos, dentro de uma visão clássica.
- ATP- CP
É predominante na produção de energia de forma imediata nos exercícios de curta duração e alta intensidade (levantamento de peso, 100m corrida, 50 metros de natação e etc), nesse sistema energético não é nescessário a presença de oxigênio. É formado pelos 3 fosfatos de adenosina (ATP) e pela fosfocreatina (CP ou PC). Durante o todo o tempo ocorre a utilização de energia em nosso corpo que é feita pela quebra de ATP pela enzima ATPase dando origem ADP + Pi , em exercícios de curta duração e alta intesidade quando ocorre um aumento no acumulo de ADP + Pi é acionada a enzima CPK que tem por função fazer a quebra da fosfocreatina (CP) apartir dessa quebra é obtido o C+P, essa energia gerada na quebra de CP é utilizada para a ressintese do ATP. A função da fosfocreatina é ceder esse fosfato para ADP dando origem a uma nova molécula de ATP. Esse trabalho de ressíntese de ATP através de CP durará até durarem os estoques de Creatina, em torno de 10 segundos.
- GLICÓLISE ANAERÓBIA
Ocorre sem a presença de O2, através da quebra da glicose ou glicogênio, através de várias reações químicas (10), formando duas moléculas de ácido pirúvico (piruvato) ou de ácido lático (lactato) mais 2 moléculas de ATP e 2 NADH.
Ela ocorre no sarcoplasma da célula muscular. Basicamente ela se divide em duas fases: a primeira é a fase de investimento de energia onde ocorrem 5 reações onde são usados 2 ATP para formar fosfatos de açúcar, o nome desse processo e fosforilação. Se por acaso a glicólise tiver início com o glicogênio no lugar da glicose é utilizado apenas um ATP, pois ele não precisa da fosforilação pelo ATP, porque já está fosforilado pelo fosfato inorgânico. A segunda fase é a fase de geração de energia onde são formadas 4 moléculas de ATP mais 2 NADH e 2 Piruvato, ou Lactato subtraindo os 2 ATP usados na fase de investimento de energia obtem-se um saldo final de 2 ATP mais 2 NADH e 2 Piruvato ou Lactato, no caso do glicogênio são obtidos 3 ATP, 2 NADH e 2 Piruvato ou Lactato. Exercícios com predominância desse sistema energético, são exercícios que em alta intensidade e com a duração de tempo mais elevada que no sistema ATP - CP.
- GLÍCOLISE AERÓBIA
Ocorre na presença de O2, glicose sofre várias reações dentro da célula e se transforma em 2 ácidos pirúvicos e gera 2 ATP. O ácido pirúvico através do oxigênio é transportado para dentro da mitocôndria e é transformado em Acetil Co A, logo após tem início o ciclo de Krebs. No ciclo de Krebs são formados 2 ATP, o NADH e FADH resultante de todas as quebras são usados na cadeia de transporte de elétrons e geram 34 ATP. No total a glicólise aeróbia gera 38 ATP. Essa via energética é muito utilizada em exercícios de longa duração e intensidade leve/ moderada.
Todos os sistemas energéticos são importantes, entretanto devido as diferentes necessidades dos esportes alguns sistemas energéticos serão priorizados em detrimento dos outros. Tudo vai depender da característica do esporte e do estilo do lutador.
Entretanto (Paiva, 2009) estudos recentes indicam que o metabolismo aeróbio é ativado muito antes do que era imaginado. A seguir serão listadas algumas informações recentes que diferem um pouco do modelo clássico listado acima em certos aspectos. Segue abaixo:
- Exercícios com duração entre 15 e 45 segundos são considerados exercícios predominantemente anaeróbicos.
- Exercícios a partir de 65 segundos são exercícios com uma grande contribuição aeróbica.
- exercícios com uração de 30 segundos e intervalos de 1 a 2 minutos estão sendo ligados a um aumento do VO2 Máx, quando os estímulos são maiores que 30 segundos estão relacionados com uma maior utilização de fibras de contração lenta.
REFERÊNCIAS
MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L.. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal: Intruções técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. 9. ed. São Paulo: Manole, 2003.
Paiva, Leandro. Pronto pra guerra: preparação física para luta e superação. Manaus: OMP, 2009.
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